As Sete Cidades Sagradas

Sete cidades da Índia correspondem a sete centros de energia ou chakras em nosso corpo:

'Ayodhya Mathura Maya Kashi Kanchi Avantika Puri Dwarakavati caiva saptaide moksha dayika'

Maya ou Haridwar corresponde ao chakra Mooladhar situado na base da coluna vertebral. Quando o ‘jadata’ ou letargia se vai e o entusiasmo começa, você começa sua jornada. Haridwar, o ponto de partida, é a porta para a casa do Divino.

Kanchi corresponde ao chakra Swadhisthana situado atrás dos órgãos genitais, assim, a divindade que preside aqui é Kamakshi, a deusa do kama ou desejo.

Ayodhya corresponde ao terceiro chakra, o Manipura, situado na região do umbigo, onde se manifestam a alegria, a generosidade, a cobiça e inveja. Todas essas emoções estão ligadas a Ayodhya.

Foi a inveja e ganância de Kaikeyi que fez Rama tomar “vanavas”. Ayodhya também é conhecido pela generosidade de Rama. A alegria do retorno de Rama de Ayodhya é comemorado como o Diwali. Alegria, generosidade, ambição e ciúme se encontram no “nabhi Pradesh”, Ayodhya. Ayodhya também significa que não há luta, onde não se pode machucar.

Mathura é Anahata, o chakra do coração. O coração está associado a três emoções: amor, medo e ódio. Mathura simboliza o amor e devoção das gopis (pastoras) por Krishna, bem como do medo e do ódio de Kansa, todos os assuntos do coração.

Avantika, também chamado de Ujjain, está relacionado com a vishuddha ou o chakra da garganta. Ujjain é a cidade da arte e da literatura. O poeta Kalidas veio de Ujjain. É também a cidade de Vikramaditya, de pesar e de glória. Nós sentimos gratidão na região da garganta; e também ficamos sufocados.

Kashi representa o chakra Ajna situado entre as sobrancelhas. Kashi sempre foi a sede do conhecimento. É por isso que o chakra Ajna é também chamado Gyana Chakshu, o terceiro olho. Kashi é a cidade de discípulos e estudiosos.

Dwaraka representa o Sahasrara, o chakra da coroa no topo da cabeça. Dwarka significa literalmente:  “Onde é a porta” A porta é irrelevante se não há paredes?. O infinito não tem paredes. Krishna deixou seu corpo em Dwarka. Sahasrara também significa mil avenidas. Isso significa o caminho sem caminho. O caminho para a libertação começa em Haridwar e culmina em Dwarka.

A alma é chamada Purusha. Pura significa uma cidade. Purusha significa aquele que vive na cidade. O Purusha é desapegado e infinito. Mas o Purusha experimenta apego em todas as emoções negativas. Sentimentos positivos com conhecimento são libertadores. Sentimentos positivos sem conhecimento criam emoções negativas que são sufocantes, daí experimenta-se apego. Quando você observa o prana se movendo através de diferentes centros associados com sensações, os sentimentos negativos deixam de existir e então você é libertado do apego.

O microcosmo e o macrocosmo estão interligados. O planeta Terra, lar de muitos organismos, é por si só um grande organismo. Não é apenas um lugar para os seres vivos, é um organismo vivo como um todo. Isto é o que a teoria de Gaia diz. O materialismo considera tudo como objetos. A espiritualidade, por outro lado, descobre vida em tudo. Assim como as crianças. Para elas, a lua fala, o sol sorri e as montanhas ouvem. Tudo ganha vida. Galinhas, vacas e ratos - todos são percebidos como estando no modo de comunicação. Mesmo as cidades têm consciência coletiva. Nas ruas onde as pessoas antiéticas conduzem seus negócios, acredita-se que vibrações pesadas são emitidas, enquanto uma instituição de ensino ou de um local de devoção emite vibrações positivas e leves.

Os sete rios sagrados são o Ganga, Yamuna, Saraswati, Godavari, Narmada, Sindhu e Kaveri.

Junto com as sete cidades sagradas, eles estão ligados aos sete pontos sagrados dentro de você.