O Paradoxo do Sacrifício

Todas as escrituras do mundo glorificam o sacrifício. O que é sacrifício?

É largar algo que você valoriza. Você pode apenas sacrificar aquilo que você gostaria de manter para si mesmo; em outras palavras, aquilo que lhe dá prazer e alegria. Você não pode sacrificar algo que você não gosta ou renega. O sacrifício sempre está relacionado a uma causa mais elevada para um bem maior. Ao mesmo tempo, quando o seu amor pelo bem maior é tão forte, nada mais tem valor algum. O sacrifício aqui se torna irrelevante, porque o amor por si só é a sua força divina mais forte. Então, quando existe tanto amor não pode haver sacrifício. Ao mesmo tempo quando não existe amor, não existe sacrifício.

Por exemplo, se uma mãe planeja ir ao cinema e ela percebe que seu filho está doente, ela não diz que ela sacrificou o filme para cuidar da criança, porque ela simplesmente não queria ir. Nada mais parece encantar a mãe fora estar com a sua criança.

Você não sacrifica algo por alguém por quem você está apaixonado. O sacrifício indica que o seu prazer tem mais valor que a causa pela qual você está sacrificando.

Quando o seu amor é indiferente, então o sacrifício assume um significado. Entretanto, o sacrifício purifica a mente humana e alimenta tendências egoístas. Ele também pode trazer orgulho, arrogância, auto-piedade e algumas vezes até depressão.

Você pode sacrificar apenas aquilo que você valoriza. Para um homem sábio nada é mais valioso que a verdade, os valores e o Divino, e ele nunca vai sacrificar estes. Deus é o maior, e se alguém valoriza o maior, então como ele pode sacrificar Deus? Este é o paradoxo do sacrifício.